sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Artigo

OLHA QUE LEGAL, O CARA É MUITO COMPETENTE.............
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>Vender pipoca na rua não basta. Tem de saber agradar a clientela, usar
>produto de qualidade, primar pela higiene e, claro, fazer a melhor pipoca
>da praça. Pelo menos é o que prega o pipoqueiro - e marqueteiro - de
>Curitiba, Valdir Novaski, conhecido nas redondezas por ser dono da famosa
>Pipoca do Valdir.
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>Bóia-fria até os 16 anos, resolveu tentar a vida na capital em 1990 e,
>cansado de ser empregado, descobriu a fórmula do sucesso com o carrinho
>atualmente instalado na esquina das ruas Barão do Cerro Azul e Tobias de
>Macedo, em frente à Praça Tiradentes. Hoje o pipoqueiro é palestrante:
>ensina a universitários sobre a arte de saber vender e garantir sucesso em
>qualquer tipo de empreendimento.
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>Faz seis anos que Valdir decidiu vender pipoca e, desde então, aprendeu
>sozinho, apenas contando com dicas da freguesia, como ser um bom
>marqueteiro. "Para mim, o maior marketing é o atendimento", enfatiza. E
>para garantir que isso traga cada vez mais clientes ele adotou algumas
>medidas simples, como a distribuição de convites que os próprios fregueses
>levam para um conhecido. "Quando o cliente vem pela primeira vez,
>proporciono a ele a degustação de todos os tipos de pipoca (são cinco,
>entre doces e salgadas). Além de vender mais, garanto que ele voltará",
>diz, confirmando o sucesso da estratégia.
>
>Valdir tem uma meta: a cada vinte novos clientes por dia, dez pelo menos
>têm de virar fregueses. E ele revela que dá conta de cumprir o número
>mantendo a qualidade. "Os ingredientes são de primeira linha e a nave é
>impecável." Nave é como chama seu carrinho de pipoqueiro, para o qual ele
>dedica três horas todos os dias da semana e cinco aos sábados fazendo a
>limpeza. No item higiene, ele ainda adotou a prática de distribuir um kit
>contendo guardanapo, palito de dentes e bala a cada comprador. Além disso,
>não hesita quando o assunto é divulgação, mantendo um site na internet e
>usando o uniforme com a logomarca da "pipocaria" aonde quer que vá. A
>partir da semana que vem, Valdir vai aceitar cartões de crédito e débito e,
>para 2007, promete implantar um delivery de pipoca.
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>Só pipoca
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>O número de clientes que atende por dia ele não revela, mas dá uma dica:
>"Imagine que hoje tiro cinco vezes mais que quando era empregado", diz o
>vendedor, que já trabalhou como manobrista, atendente de lanchonete, de
>banca de revistas e também como ajudante de outros pipoqueiros. Agora, dono
>de seu próprio negócio, destina todos os meses 15% de sua renda líquida a
>projetos sociais, distribuindo pipoca a crianças carentes atendidas por
>entidades assistenciais.
>
>Depois do expediente na praça, Valdir tem se ocupado ainda de palestras a
>formandos de Administração de Empresas em faculdades de Curitiba e do
>interior do estado. O pipoqueiro ensina aos universitários uma série de
>estratégias, como foco total no produto, conceito de qualidade, valor
>vitalício de um freguês e administração adequada dos recursos - para isso,
>ele apresenta sua planilha gerencial de custos, onde desde o palito de
>dentes ao grama de bacon são contabilizados. "O resultado é que hoje recebo
>um monte de e-mails de gente querendo abrir uma franquia da Pipoca do
>Valdir", conta.
>
>Para os interessados, ele adianta que por enquanto não é possível, já que
>possui concessão pública para trabalhar. "Mas, mais para frente, é algo a
>se pensar em outras cidades. Meu objetivo é crescer", atesta. Sair do ramo
>da pipoca, no entanto, não faz parte de seus planos. "Adoro o que faço. O
>sistema de trabalho na rua tem suas dificuldades, mas é gratificante,
>principalmente pelo número de pessoas que a gente contata. E quem come
>pipoca é porque está alegre; lembra parque, circo, praça. Eu gosto de fazer
>parte da felicidade das pessoas."
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