Indústria brasileira cresce menos em 2006, mas inicia recuperação

O setor que mais se destacou no ano foi o de equipamentos de informática. Os setores de madeira, vestuário e químicos foram o destaque negativo. A produção industrial brasileira cresceu 2,8% em 2006, resultado abaixo dos 3,1% verificados em 2005. Apesar da desaceleração em relação ao ano anterior, os números divulgados pelo IBGE mostram que o setor está em ritmo de recuperação. Em dezembro, a indústria cresceu pelo terceiro mês seguido, com um resultado e 0,5% em relação a novembro e 0,4% na comparação com dezembro de 2005. O setor que mais se destacou no ano foi o de máquinas para escritório e equipamentos de informática, com uma expansão de 51,6%. Destaque também para a indústria extrativa (7,4%), puxada pelos setores de minérios de ferro e petróleo; máquinas e equipamentos (4%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,7%); alimentos (1,8%) e bebidas (7,2%).
Os setores de madeira (-6,9%), vestuário (-5,0%) e outros produtos químicos (-0,9%) foram as principais pressões negativas.
Também se destacou a produção de automóveis (5,1%) e eletrodomésticos (10%). “A manutenção do crédito, a maior estabilidade no mercado de trabalho e o aumento da massa salarial estimularam as vendas domésticas de bens duráveis”, diz o IBGE.
Após crescer 4,6% no primeiro trimestre de 2006, houve uma desaceleração nos dois trimestres seguintes, quando as taxas ficaram em 0,9% e 2,8%. No quarto trimestre de 2006, frente a igual período de 2005, a indústria volta a mostrar aumento no ritmo com taxa de 3,3%.